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quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

2 Reencarnação… quando os argumentos não destroem os fatos

Reencarnao do Jornal_pt2Reencarnação sempre foi e continua sendo um assunto controverso. A ciência ainda não a reconhece, mas também não tem a coragem de negá-la em definitivo, simplesmente porque, para negar, também é preciso provar. E os métodos de investigação científica atuais somente lhe permitem constatar ou negar os fatos. Mas em relação aos que ela mesmo reconhece como fatos comprovados, somente constata a existência do fenômeno, mas não sabe explicar. Então, permanece neutra, quase omissa,  não se pronunciando definitivamente, nem contra, nem a favor. Não se pronuncia porque não tem as respostas e também por saber que basta a existência de um único caso verdadeiro para não se poder negar, mesmo quando o evento não pode ser recriado em laboratório. E isso não ocorre apenas em relação à reencarnação, mas também em relação às EQM, RVP, mediunidade, possessões, etc.

Entendemos que a reencarnação não é um fenômeno religioso e sim um fenômeno natural, de natureza físico-química, ainda não explicado pela ciência. O próprio termo “reencarnação” pode ser inapropriado e erra também o espiritismo, o hinduísmo e o budismo ao considerá-lo como de natureza religiosa. O conjunto desses fenômenos, que no Brasil denominamos de fenomenologia espírita, pertence (por enquanto), ao campo da pseudociência, aliás, como o próprio espiritismo, que foi indevidamente transformado em “religião”. Não são as explicações religiosas como “carma”, “aperfeiçoamento espiritual por sucessivas encarnações” e outras do mesmo gênero que vão deslindar o mistério. Todas são meras tentativas e suposições, que sequer  podem classificar-se como “teorias”. A explicação final ainda não veio.
Deve-se ressaltar que esse campo é bastante sujeito a mistificações, como comprovam vários casos já deslindados. Sendo de difícil comprovação, tais fenômenos são um prato cheio para os charlatões. Mas ainda que 95% desses casos sejam farsas, o que dizer dos 5% que não são? E por que, até agora, a ciência ainda não assumiu posição? Dentre mais de 3.000 casos catalogados, o Dr. Ian Stevenson selecionou 20 que a ciência não conseguiu negar e reuniu-os em um livro (um clássico), intitulado “20 Casos Sugestivos de Reencarnação”.
Falecido Ian Stevenson em 2007, seu sucessor, o Dr. Jim B. Tucker, continuou suas pesquisas e selecionou vários outros casos, igualmente impressionantes. Ora, se existem fatos verdadeiros e comprovados é porque a existência deles não pôde e não pode ser negada. E aí, faz-se valer o adágio popular “Contra fatos, não há argumentos”.
Como ninguém até agora explicou convincentemente a reencarnação, esse assunto vai, honrosamente, para o nosso “Baú do Inexplicado”. Seguem exemplos de alguns casos conhecidos:
1 – O Caso Shanti Deva:
LEMBRAVA-SE A MENINA DE DELHI DE TER VIVIDO ANTES EM MATHURA
          Reconheceu o “ex-marido” e o filho da encarnação anterior
          – Completo reconhecimento da casa em que morava e da cidade
          – Espanto de um escritor sueco que investigou o caso
          – Uma princesa egípcia em Londres.
O caso de Shanti Devi, que acaba de produzir nova agitação na Europa, em torno do problema da reencarnação, repercutiu no Brasil, através da transcrição do relato de Peter Forbes no jornal “People”, de Londres, que não é um jornal espírita. Shanti Devi era uma menina de Delhi, na Índia, que aos quatro anos de idade começou a revelar recordações de sua vida anterior, declarando ter vivido em Mathura, a muitas léguas de distância da sua cidade natal. O curioso é que a menina dizia ter-se chamado Lugdi Devi, pertencido à casta superior dos brâmanes, a que agora já não pertencia mais, ter sido casada e ter tido um filho. Revelou pleno conhecimento dos hábitos e trajes especiais dos brâmanes, sem que, entretanto, jamais tivesse visto um brâmane.
          As revelações de Shanti eram de tal maneira precisas e seguras em seus detalhes, envolvendo nomes de lugares e pessoas, que os seus pais resolveram pedir a dois amigos que fossem a Mathura, a fim de deslindar o mistério. Os amigos foram e constataram a plena veracidade das revelações. Encontraram o viúvo e o filho de Lugdi Devi, o templo a que a menina se referia, o local em que dizia ter-se banhado no rio Jumna, a venda em que fazia suas compras, e tudo o mais. Quando Shanti contava nove anos, seu “ex-marido” e seu filho da encarnação anterior foram visitá-la. Ao vê-los, a menina desmaiou. Depois, voltando a si, mostrou-se tomada da maior alegria, abraçando a ambos com efusão e identificando-se perante o marido nas conversações que mantiveram.
          O caso de Shanti Devi envolve particularidades curiosas, inclusive a coincidência de sobrenomes. Os Devi de Delhi não têm parentesco com os de Mathura, pertencendo mesmo a uma casta inferior, pois os de Mathura são brâmanes. A menina foi levada a Mathura, e não só reconheceu todos os lugares em que vivera, como também as pessoas. Visitando a casa que habitara na vida anterior, indicou várias particularidades da residência e lembrou hábitos que o seu “ex-marido” confirmou, admirado, reconhecendo que “Shanti possuía a mesma alma que pertencera à sua falecida mulher”, segundo as palavras de Peter Forbes.
          Durante muitos anos, o caso de Shanti Devi foi comentado na Índia e no exterior, até que o escritor sueco Sture Lonnestrand resolveu deslindá-lo. Entendia que tudo não passava de uma grande fraude. Foi a Delhi e a Mathura, investigou tudo o que se referia ao caso, conversou com numerosas pessoas, examinou os locais indicados, verificou os relatórios dos investigadores anteriores, e chegou à seguinte conclusão:. “É este o único caso de reencarnação completamente explicado e provado, jamais verificado.” Depois disso, Lonnestrand tornou-se um propagandista do caso, provocando intensa agitação na Europa, em torno do assunto. Como William Crookes, César Lombroso, Crawford e tantos outros, que haviam estudado os fenômenos espíritas com o fim de provar a sua falsidade, Lonnestrand submeteu-se à realidade e modificou sua atitude.
          Escrevendo a respeito deste caso, na revista inglesa “Two Worlds”, o prof. Frederico H. Wood assinalou o exagero de Lonnestrand, ao ter este declarado que se tratava do único caso de reencarnação completamente explicado e provado. “Como todos os recém-convertidos, – disse Wood, – Lonnestrand está excitado pela sua descoberta.” E realmente assim é. Porque o caso de Shanti Devi, embora importante, e sobretudo recente, não é o único a apresentar essas características. Há numerosos casos de reencarnação completamente provados, e o leitor curioso poderá encontrar a citação de muitos deles na obra “A Reencarnação e suas provas”, de Carlos Imbassahy e Mário Cavalcanti de Mello. O próprio prof. Wood teve oportunidade de investigar, em Londres, um dos mais importantes, publicando a respeito uma obra em dois volumes, intitulada “O Milagre Egípcio”. Tratava-se da reencarnação de uma princesa egípcia, do tempo de Amenotep II, na Inglaterra. Caso provado em minúcias, de maneira impressionante, e principalmente através de elementos de alta cultura, como a reconstituição de danças sagradas e da língua egípcia antiga.
          E agora mesmo aí está, nas livrarias, a tradução desse curioso livro de Morey Bernstein, “O Caso de Bridey Murphy”, que revive as famosas experiências do cel. Albert De Rochas, diretor do Instituto Politécnico de Paris, sobre a regressão hipnótica da memória. Morey Bernstein conseguiu descobrir, na consciência profunda de uma senhora do Colorado, Estados Unidos, a personalidade de uma mulher que vivera na Irlanda, há mais de um século. E as pesquisas a respeito comprovaram grande parte das revelações feitas pela paciente, o que provocou grande agitação em torno do caso. Bernstein conclui o seu livro, muito ponderadamente, reclamando atenção dos estudiosos e dos cientistas para esse problema. Assinalou o caracter pessoal da sua experiência, mas lembrou as anteriores e encareceu a necessidade de trabalhos mais amplos a respeito. O problema da reencarnação, como se vê, não é tão simples como o pretendem os antagonistas do Espiritismo. Tanto através de casos espontâneos, quanto de pesquisas hipnóticas ou de experiências parapsicológicas, a reencarnação vem se afirmando, através dos anos, como uma lei natural. Já não bastam argumentos, contra esse princípio. É preciso um pouco mais, quando alguém quiser combatê-lo.
Fonte: Vade Mecum Espírita – Lembranças de Vidas Passadas (Autor: José Herculano Pires)
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2 – O Caso Jenny Cockell
Neste outro recente caso, uma mulher (nesta data, ainda viva), relata em livro uma experiência singular por ela vivida e interpretada como de “reencarnação”. O livro,  intitulado “Minha Vida em Outra Vida” (versão portuguesa), tornou-se um best-seller, foi traduzido em várias línguas, e depois transformado em vídeo e filme. Segue a sinopse do livro, tal como encontrada no site da Americanas.com:
Minha Vida em Outra Vida

Baseado em fatos reais, "Minha Vida na Outra Vida" conta a história de Jenny, uma mulher do interior dos Estados Unidos, que vive nos dias de hoje e tem visões, sonhos e lembranças de sua última encarnação, como Mary, uma mulher irlandesa que faleceu na década de 1930. Ainda criança, Jenny Cockell, autora e personagem principal, já sonhava com lugares e pessoas de um outro tempo, e era preciso compreender os acontecimentos de sua vida no passado para seguir com sua vida atual em paz.
Intrigada, Jenny sai em busca de seus filhos da vida passada. Tem início uma jornada emocionante. Ela via-se em outra época e lugar, como jovem mãe, em recordações domésticas de sua pequena casa de campo. Mãe de vários filhos, morreu de complicações de parto, 21 anos antes do novo nascimento, atualmente na personalidade de Jenny. As visões e sonhos levaram-na a pesquisar o próprio passado e a reencontrar os filhos da existência anterior, agora idosos.
A história aborda conflitos familiares, vida e morte, mas especialmente lembranças de outras vidas e reencarnação. É uma lição de amor que traz a lógica da reencarnação de maneira clara e simples. E faz pensar.
O livro fez tanto sucesso que foi filmado como longa metragem, homônimo e lançado em diversos países. Pela primeira vez na história, um filme retrata, com fidelidade, lógica e respeito, a reencarnação, tema de interesse de milhões de pessoas em todo o mundo. Jenny é interpretada pela renomada atriz Jane Seymour, de Em Algum Lugar do Passado, que também tratava do tema de vidas passadas. Só, que desta vez, não se trata de ficção, mas de realidade.
3 – As crianças reencarnadas de Ian Stevenson
Aqui, trata-se de analisar os casos dos relatos de crianças entre 4 a 6 anos de idade, que diziam-se lembrar-se de suas vidas passadas, cujos casos foram investigados “in loco” pelo Dr. Ian Stevenson e depois, publicados no já citado livro “20 Casos Sugestivos de Reencarnação”, igualmente transformado em best-seller, na época de sua publicação, apesar das controvérsias geradas. Os casos selecionados foram aqueles em que os relatos puderam ser total ou parcialmente comprovados e para os quais não se encontraram explicações racionais. De ressaltar que o autor era médico, psiquiatra e pesquisador independente em psquiatria avançada, que acabou criando uma nova área de investigação científica: a psicobiofísica (ciência que integra a psicologia, a psiquiatria, a física e a biologia). Apesar do seu sucesso editorial, não foi muito levado a sério pela ciência, por razões óbvias.
Como se vê por tudo que foi dito anteriormente,  o que temos são apenas falácias, farsas, falsos fatos e fatos verdadeiros, estes inexplicados. Religiões, farsantes e charlatões fazendo a festa e a ciência, irritantemente, incapaz e omissa, impotente para explicar os casos verdaderiros e comprovados. Até quando?



2 comentários:

  1. Não faz sentido a reencarnação ser um fenômeno de natureza físico-química. Fenômenos físico-químicos acontecem no âmbito da matéria. Reencarnação seria a mudança de consciência de um corpo para outro. Segundo as leis materialistas, o cérebro cria a consciência, provar que essa consciência não é criada pelo cérebro refutaria todas as teorias materialistas. E o que não é material é o que? Espiritual? Talvez.

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