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sexta-feira, 23 de março de 2012

0 Princípio da incerteza quântica já foi derrubado pela própria ciência?

Pois é, cada vez mais me convenço que em ciência, assim como na vida, todas as verdades são relativas, ou seja, o que se anuncia ou se pressupõe atualmente como verdade, só o é enquanto não for desmentido. Quantas supostas "verdades científicas" hoje já não são mais? E as novas verdades que desmentiram as anteriores, até quando resistirão?

Mais uma teoria, aliás, um conhecido e duradouro princípio científico, está sendo posto à prova: o princípio da incerteza quântica, segundo o qual, de acordo com o seu formulador, o físico alemão Werner Heisenberg, atuando no campo da mecânica quântica, átomos, moléculas e partículas subatômicas não podem ser medidos, em função do seu interrelacionamento, impossibilidade de previsão de trajetórias e impossibilidade de isolar-se um elemento sem que este interfira no comportamento do outro. Esses elementos possuem comportamentos totalmente randômicos, sem obedecer a nenhuma regra e nem eles mesmos sabem para onde vão e/ou como influenciarão seus pares.

Bem, esta também é a minha visão de leigo curioso, amparado nas conclusões do cientista e dos que o apoiam. Mas como o conhecimento está sempre em evolução e a ciência é, por sua natureza,  inquieta e ávida por novas descobertas, esse princípio começa a ser questionado, conforma se vê na matéria abaixo, extraída do conceituado site hipescience :
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A ciência está certa sobre a incerteza quântica?
Por em 19.01.2012 as 11:14RSS RSS Feeds
         
Em 1927, o físico alemão Werner Heisenberg anunciava seu princípio da incerteza. Essa postulação diz, basicamente, que não é possível medir todas as propriedades de uma partícula quântica (seja uma molécula, um átomo ou partícula subatômica) com precisão absoluta, porque a medição da primeira propriedade causa uma perturbação na partícula e compromete a medição das outras. Mas uma equipe de cientistas da Universidade Tecnológica de Viena (Áustria) propõe que esse princípio não funciona exatamente assim.
A equipe de pesquisadores austríacos é liderada por um cientista japonês, Yuji Hasegawa. O princípio básico dessa nova ideia, de acordo com ele, é que a interferência que acontece na medição das propriedades de uma partícula quântica não significa que haja necessariamente incerteza, ou pelo menos não da maneira que Heisenberg imaginava.
Vamos a um exemplo prático. Em sua época, o cientista alemão usava um experimento baseado em raios luminosos para medir a posição de um elétron em determinado instante. Mas para essa medição dar certo, é preciso lançar sobre o elétron uma pequena onda, que cause uma perturbação no seu estado natural. Essa perturbação altera o momento linear (o produto entre massa e velocidade da partícula) original do elétron.
Por isso, seria impossível medir, ao mesmo tempo, a posição e o momento linear do elétron, só se poderia medir um ou o outro.
Heisenberg acreditava que essa condição se aplicava apenas à mecânica quântica, mas os pesquisadores de Viena explicam que a incerteza também se observa em outros campos da física. Além disso, não se trata de um problema de medição: as partículas quânticas são incertas naturalmente. Em outras palavras, não daria mesmo para medir a posição e o momento linear de um elétron porque nem ele mesmo “sabe” onde está indo; não existe uma regularidade a ser mensurada.
Logo, os princípios precisam ser refeitos sobre essas duas variáveis: de um lado, a dificuldade de medição já identificada pelo princípio de Heisenberg. De outro, a “incerteza natural” de uma partícula quântica, que independe da dificuldade de medição. Para isso, usa-se as noções do “spin quântico”, que seria algo como as “coordenadas” de uma partícula quântica levando em conta sua natureza de movimento.
E foi isso que fizeram os pesquisadores de Viena: para fugir da medição clássica entre posição e momento linear, mediram o spin (giro) de um nêutron em dois experimentos consecutivos, e os números que foram aparecendo puderam dar uma visão mais abrangente do movimento da partícula. Dessa maneira, concluíram que existe de fato a incerteza no movimento das partículas quânticas. Mas isso não acontece porque as medições não podem dar conta, e sim pela própria natureza das partículas. [ScienceDaily]
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Fonte/créditos: citados

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